Pedir ao céu
clemencia por um pecado ou por um milagre é pura confirmação que independentes,
de tipos de orações ou religiões somos completamente tementes a um Ser Supremo.
Apegamo-nos ao
desconhecido na esperança de ter uma manhã com sol forte e iluminador, mas até
onde é vontade do Ser Supremo ou consequência do nosso livre arbítrio? De nada
adianta o sol queimar peles e ferver o asfalto, se as cortinas continuam
fechadas, o sol ainda teimoso se atreve a ultrapassar as frestas das cortinas.
O calor invade
o quarto, o edredom vai para o chão fazer companhia para um ser em depressão,
difícil levantar da cama e encarar de cara limpa os pensamentos vorazes dos
outros, nessa hora o pior sentimento não é a dor que até por vezes que chega a
ser física causada pela doença, mas, o mais devastador é a culpa de não
conseguir se movimentar como antes.
A fome
desaparece, a água só serve para escovar os dentes e limpar os olhos colados,
atitudes infantilizadas que minimalizam e minimizam a quantidade de respostas a
se dar, pior, respostas que não se tem. Vi uma entrevista da Clarice no
Programa Provocações, nitidamente, pode
se observar uma mulher depressiva, que usa do cansaço como desculpa pelo seu
silêncio. Estava ali em corpo, mas vai saber onde aquela mulher queria estar?
Talvez em mais uma coleção de ondas, já que gostava tanto das águas.
Enfrentar a
dor de maneira honesta, com amor, caridade e humildade, não sei por que, mas
ameniza, a tal ponto que em alguns dias você percebe que passou apenas
por mais uma crise e que seu abrigo continua a lhe esperar de braços abertos.
As lágrimas
transbordam os olhos porque ainda não se sabe o que acontecerá nos próximos
dias, mas as lagrimas que ao mesmo tempo reflete tristeza e frustração,
são sinais de um poder de purificação, onde terras inférteis poderão
ser encharcadas e novos germes de esperança brotaram.
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