segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Miedo


Vou confessar uma coisa...
O medo é o dono das rédeas de minha vida...
Mas, estou aprendendo a roubar as rédeas na calada da noite...
E tem sido uma experiência ótima...
Porque todos os dias quero fazer o mesmo...
Enganar o medo é melhor do que não tê-lo...
Sabe por que...
Ele é o grande avaliador e desafiador de nossas vontades...
E hoje percebo que quero muito mais do que eu tenho...
E que gostaria de ter...

8 comentários:

Anônimo disse...

O MEDO

Em verdade temos medo.
Nascemos no escuro.
As existências são poucas;
Carteiro, ditador, soldado.
Nosso destino, incompleto.
E fomos educados para o medo.
Cheiramos flores de medo.
Vestimos panos de medo.
De medo, vermelhos rios
Vadeamos.
Somos apenas uns homens e a natureza traiu-nos.
Há as árvores, as fábricas,
Doenças galopantes, fomes.
Refugiamo-nos no amor,
Este célebre sentimento,
E o amor faltou: chovia,
(...)
O medo, com sua capa,
Nos dissimula e nos berça.
Fiquei com medo de ti,
Meu companheiro moreno.
De nós, de vós, e de tudo.
Estou com medo da honra.
Assim nos criam burgueses.
Nosso caminho: traçado.
Por que morrer em conjunto?
E se todos nós vivêssemos?
Vem, harmonia do medo,
Vem ó terror das estradas,
Susto na noite, receio
De águas poluídas. Muletas
Do homem só.
Ajudai-nos, lentos poderes do
Láudano.
Até a canção medrosa se parte,
Se transe e cala-se.
Faremos casas de medo,
Duros tijolos de medo,
Medrosos caules, repuxos,
Ruas só de medo, e calma.
E com asas de prudência
Com resplendores covardes,
Atingiremos o cimo
De nossa cauta subida.
O medo com sua física,
Tanto produz: carcereiros,
Edifícios, escritores,
Este poema,
Outras vidas.
Tenhamos o maior pavor.
Os mais velhos compreendem.
O medo cristalizou-os.
Estátuas sábias, adeus.
Adeus: vamos para a frente,
Recuando de olhos acesos.
Nossos filhos tão felizes...
Fiéis herdeiros do medo,
Eles povoam a cidade.
Depois da cidade, o mundo.
Depois do mundo, as estrelas,
Dançando o baile do medo.

Carlos Drummond de Andrade

Destruamos a serpente que nos injeta a peçonha paralisante do medo, pois ele nos suga a seiva da vida feliz.
um beijo, amiguinha sumida!**

Anônimo disse...

gostei muito da forma que o medo é descrito no seu texto e concordo, pois ele é que nos faz viver.
Sem ele seriamos completamente sem objetivos, porque o tempero da aventura é sentir medo.

Unknown disse...

Beijos linda e doce mocinha...
Se cuida!!!

Anônimo disse...

"E hoje percebo que quero muito mais do que eu tenho ...
E que gostaria de ter ...
Bravo !! ...Mocinha...
Corra atrás de seus ideais...
E que se faça prevalecer as suas vontades..sem medo...pois coragem tens bastante.
Beijo!! nessa alma linda.
Valeu...
Ro*

Unknown disse...

Oi Anônina Amiguinha**...
Foi só uma sumidinha rápida...Mas cá já estou de volta, afinal tenho que alimentar esse meu filho... espero que durante minha ausência você tenha cuidado dele direitinho por mim... Tenho "miedo" que ele fique só...rss
Que belo deixar o poema do Drummond por aqui, é um presente para mim e para os visitantes desse recanto... Sempre é bom admirar as palavras desse meu conterrâneo..
Até a volta... até a próxima... até um dia...
Valeu!:)...

Unknown disse...

Olá aluno da anônimo**...rss
Seja bem vindo a Esquadros...
Realmente o medo é na verdade um grande aliado...
Ele é o sentimento que mais nos conduz a racionalidade...
Na ausência dele somos todos imprudentes e as ações apenas atos da impulsividade...
Até a volta... até a próxima... até um dia...
Valeu!:)...

Unknown disse...

Oi Sorriso...
Obrigada mocinha bonita...
Até a volta... até a próxima... até um dia...
Valeu!:)...

Unknown disse...

Oi Ro*...
Talvez você não saiba, mas és uma das minhas maiores fontes de coragem...
És mesmo uma doutora da psiqué...rss
Até a volta... até a próxima... até um dia...
Valeu!:)...
PS.: Obrigada de coração...