quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Ao meio


O meio-fio convida, sento e acendo um cigarro.
Nunca liguei em estar no chão,
Risco o fósforo na pedra,
Rabisco o que não sei...

As ruas são estreitas, nada de avenida.
Desafio o risco, divido espaço com os carros.
Coração feroz passa veloz.
Amanheço na contra mão...

Imagino a volta que a esquina da vida dá,
Descendo a ladeira vejo o menino brincar...
Miro o olhar, gosto de brindar.

Perco a saída, nada está no lugar...

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