quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Matilha

Início de ano, expectativas afloram, desejo de dias melhores impregnam as almas que por algum momento passaram por momentos difíceis. 

As vezes, não há muito que buscar por expectativas e apenas levantar ancoras e deixar com que o barco tome seu rumo de acordo com os ventos, ondas e principalmente, vontade de Deus.

Não adianta lutar por aquilo que está perdido, inevitável, o melhor, infelizmente, é deixar que o unguento do tempo cure as feridas e cicatrize, quanto mais bulir nas cascas e bordas, novamente haverá de sangrar.

Não somos donos de nada, não temos posse de nada, não valemos nada. Somos o que somos e isso nunca deverá mudar ou ser corrompido, nem por dinheiro, ambição, desejo, pecado ou amor. Nada mais importa que a integridade de um homem! Isso é a constante de toda sua existência, pequenos pedaços de papel, queimam, não só por si só, mas a alma daquele que aceita esmolas. 

O homem com honra, dedica sua vida ao bem comum, não disfarça com palavras bonitas, mas preenche momentos de amor e caridade por onde passa, o homem com honra, não busca seguidores, busca a renovação de almas, o homem com honra, não deseja encher templos, mas deseja sim que cada pedra que os foi construídos se transformem em alicerces para novas moradas para os que não tem abrigo.

Talvez eu esteja sendo um tanto quanto piegas, ao usar essas analogias em um país que retrata sua miserável corrupção em comédia cinematográfica e que demonstra o quanto o povo brasileiro continua sendo idiota e passivo. 

Não precisamos de esmolas ou migalhas, precisamos mais de "muito obrigado", "desculpas", " perdoe-me", precisamos daquilo que há maioria dos seres hoje ainda considerados humanos são incapazes de realizar profundamente. Sejam porque isso tenha saído fora de uso ou porque se consideram importantes demais para tal humildade.

Sou descrente em pedidos de desculpas e perdão, sempre há um tom de inverdade e, até certo ponto de interesse, não preciso de pedidos como esses, cada qual deve se entender com seu próprio eu e começar a analisar a terceira lei de Newton, AÇÃO E REAÇÃO!

O que não é feito pela verdade, pelo amor e pureza será dispensado e pela latrina encaminhado pelos esgotos, como "pedras" que rolam até se esfarelar, assim são os falsos sentimentos, se esfarelam e se desfazem. Palavras bonitas podem ser usadas por conveniência, fuga e vergonha, porém essas são permeáveis e quando em prova por grandes ondas de vento se transformam em migalhas e são destruídas, restando apenas pó.

Sentimentos verdadeiros são eternos, por mais difícil que seja a situação e os conflitos existente numa família, o único amor verdadeiro e infinito são de pais para filhos, os que estão em volta, apenas são peões anexos e descartáveis. Ao final como numa matilha de grandes felinos, apenas seu clã será protegido, e tudo ao redor será visto como fortes inimigos ameaçadores, daí vem a fúria que constrói muros e prisões, quem está dentro das muralhas nunca poderá sair por conta da submissão e em alguns casos, covardia mesmo, os mais fracos, sempre ficaram, para serem alimentados pelos seus guardiões, mais fácil receber o cervo destrinchado pela fúria da leoa superprotetora que enfrentar os vales para caçar! E a selva passará a ser um local de animais tementes, ondes os mais fortes sobrevivem e os mais fracos se escondem ou mudam de lugar... 

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