É tudo tão confuso. A realidade me atormenta e não me alimenta, continuo vivendo os meus dias como pilhas, apenas cumprindo o seu prazo determinado para esgotar a carga. Não quero a morte, apesar de nunca a ter temido! Mas tenho tanta dor que meu coração dilacerado parece não aguentar.
Comprimidos já não fazem mais as noites passarem velozes, tão pouco me deixam em estado de dormência, o efeito acabou! As noites voltaram a ser longas e sombrias, com o corpo trêmulo, olha para o teto, janela, céu e até para as aranhas, fico a espera do nascer do sol. E quando ele chega percebo que ainda continuo por aqui, ou por aí... mas até quando?
